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Quem passa no Largo da Paz, em Cedofeita, no Porto, não fica indiferente ao imponente edifício cor de rosa que acolhe o Centro Corporativo da Santa Casa da Misericórdia do Porto. Agora, há mais um motivo (de orgulho) para uma atenta contemplação: o imóvel conquistou um dos primeiros lugares do prémio que distingue as melhores intervenções de reabilitação urbana em Portugal.
Os vencedores da quinta edição do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana foram conhecidos anteontem à noite no Museu dos Coches, em Lisboa, de um total de 81 projetos a concurso oriundos de 22 concelhos.
Para António Tavares, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, "este prémio [melhor intervenção de uso comercial e serviços] é um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela Misericórdia do Porto nesta área e um estímulo para continuar a apostar na reabilitação urbana".
Ainda durante o período de intervenção do edifício - a cargo dos arquitetos Margarida Barbosa e Lara Martins com André Camelo e Miguel Ribeiro -, em 2016, António Tavares destacou, ao JN, o duplo contributo dado pelo imóvel: "Por um lado, ajuda a reabilitação da zona, por outro, vai criar uma nova centralidade".
Naquela que "se espera ser a sede da instituição para os próximos 500 anos" - e cujas obras tiveram um valor máximo de orçamentação de 1,2 milhões de euros - estão concentrados todos os serviços da Santa Casa, distribuídos por três pisos de escritórios, por andam entram diariamente 100 quadros e colaboradores da instituição. "A concentração dos serviços era uma necessidade, desde que o Museu da Misericórdia se instalou na Rua das Flores", referiu o provedor.