Bispos ponderam harmonizar a tabela dos serviços religiosos.
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A celebração de missas e funerais, alguns dos sacramentos cobrados pela Igreja Católica, podem vir a ficar mais caros, na sequência de uma atualização que está a ser estudada pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), anunciada na quinta-feira, em Fátima.
O tema foi analisado na Assembleia Plenária da CEP, no sentido de ser feita uma harmonização das taxas, tributos e emolumentos definidos pelas três províncias eclesiásticas (Braga, Évora e Lisboa) e o assunto vai voltar a ser discutido em abril de 2019. "Terá de haver uma atualização, mas da maneira mais justa possível e também com a participação das próprias comunidades cristãs", admitiu o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.
Valores muito díspares
Na semana passada, o Papa Francisco voltou a afirmar que não se deve pagar pelos sacramentos, sugerindo que os fiéis, se querem dar uma oferta à Igreja, devem fazê-lo de forma discreta, usando as caixas de ofertas.
O que acontece, segundo D. Manuel Clemente, é que, com a evolução dos tempos, "o contributo dos cristãos para as despesas do culto e para a sustentação do clero, se faz por ocasião dos sacramentos". Como os párocos são cada vez menos e têm cada vez mais deslocações, é necessário fazer a "conjugação justa e equitativa", entre as ofertas e pagamento dos serviços.
Por exemplo, na diocese de Leiria-Fátima (província de Lisboa), o batismo e o matrimónio são gratuitos, enquanto na diocese de Lamego (Braga), custam 25 euros. Já a celebração de um funeral custa 30 euros em Lamego e 35 euros em Leiria-Fátima, e de uma missa 10 euros e 7,5 euros, respetivamente.