O Parlamento chumbou, esta sexta-feira, a moção de rejeição ao Governo apresentada pelo Chega. O partido de André Ventura foi, aliás, o único a votar a favor. PS, PCP, BE, PAN e Livre votaram contra, PSD e IL abstiveram-se.
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Ao todo, houve 226 deputados a participar na votação. Destes, 12 (ou seja, toda a bancada do Chega) votaram a favor, 133 opuseram-se e 81 (PSD e IL) optaram pela abstenção.
Na moção de rejeição, a que o JN teve acesso, o Chega considerava que o programa do Governo "não passa de verdadeira propaganda eleitoral" e que é "propositadamente vago para dificultar o escrutínio da ação do Governo".
No seu discurso de encerramento, no final do debate sobre o programa do Governo, o líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, considerou que o objetivo da moção do Chega não era rejeitar o Executivo. Segundo o socialista, a finalidade era promover "um namoro pegado da extrema-direita com a Direita democrática".
Inês Sousa Real, do PAN, também se referiu à moção no seu discurso, descrevendo o documento como um "'show off' populista" de um partido que "não respeita a igualdade entre todos sem exceção".