Montenegro acredita que pode resolver impasse na Educação e pede "elementos" ao Governo
O líder do PSD acredita que o seu partido está em condições de propor aos professores um modelo de progressão nas carreiras que estes "poderão vir a aceitar". Mas, para isso, Luís Montenegro pede ao Governo que lhe forneça "elementos" que permitam avançar nesse sentido.
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Na Madeira, o líder social-democrata argumentou que o veto do presidente da República ao diploma do Governo "atesta a incapacidade e a incompetência" do Executivo no que toca à política de Educação. Montenegro disse acreditar que o PSD poderá ser mais bem-sucedido do que o PS no diálogo com os professores.
O líder da Oposição frisou que o seu partido está "muito empenhado em propor uma solução concreta" para as carreiras dos docentes. No entanto, alertou que, para que isso ocorra, "precisamos de elementos" que permitam fazer cálculos e estimativas realistas.
Nesse sentido, Montenegro afirmou que o veto de Marcelo Rebelo de Sousa dá aos sociais-democratas "ainda mais força para fazermos um apelo público ao dr. António Costa, que não consegue resolver o problema: dê-nos os elementos", insistiu.
Não se compromete com reposição integral
Caso disponha dos dados necessários, Montenegro anunciou que fará uma "tentativa" de resolver o impasse que, acredita, "os professores poderão vir a aceitar". Isto porque a classe docente se tem mostrado disponível "para uma solução gradual, progressiva e que garanta a atractividade para o exercício da profissão", vincou.
Questionado, o líder do PSD não se comprometeu com a recuperação integral do tempo de serviço dos docentes. Salientando que seria "muito fácil" dizer que o faria "de um dia para o outro", avisou que não quer promover uma governação "irresponsável". "Para enganar os professores já chegam estes oito anos de PS", criticou Montenegro.
O social-democrata constatou ainda, "com alguma ironia", que "é com o Governo do PS que as escolas privadas não têm uma única vaga" e que a saúde privada "teve o maior período de florescimento de que há memória". No seu entender, isso ocorre porque, quanto mais o PS "afunila" a Administração Pública, "mais desigualdade se cria".