O presidente do PSD, Luís Montenegro, reiterou, esta terça-feira, que Portugal precisa de ter "políticas concretas" que permitam fazer a "regulação" do acolhimento dos imigrantes e garantiu que não tem "duas caras" no que toca às políticas de imigração, "ao contrário do primeiro-ministro", António Costa.
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"Não tenho duas caras. Digo hoje o que disse na semana passada e o que já digo há cinco anos: Portugal precisa de um programa nacional de acolhimento e integração de imigrantes, que permita, em todo o mundo, atrair gente que tem vontade de crescer na vida, de trabalhar e de ter uma oportunidade", disse Montenegro, à margem de um encontro com a comunidade imigrante brasileira, em Braga.
O social-democrata assegurou que tem mantido o mesmo discurso sobre a imigração e deixou críticas ao primeiro-ministro, que acusou de dizer "coisas contraditórias".
"O dr. António Costa, há menos de 48 horas, disse "ipsis verbis" aquilo que eu tinha dito, usou inclusivamente o mesmo verbo: regular. Não vejo ninguém a assinalar essa contradição. Para um líder da Oposição que diz sempre a mesma coisa, há um determinado contexto. Para um primeiro-ministro que tem duas caras, uma em Portugal e outra no estrangeiro, e que diz coisas contraditórias, está tudo alegre e contente", criticou.
Segundo Luís Montenegro, são os próprios imigrantes os "principais interessados" em ter uma "política migratória com regulação", que faça com que "a sua integração não vá descambar em exemplos desumanos e indignos", como "aconteceram, recentemente, no Alentejo e em Lisboa e que acontecem um pouco por todo o país".