Montenegro impede consulta pública de imóveis declarados à Entidade para a Transparência
O primeiro-ministro apresentou um pedido de oposição à divulgação do número da matriz de 55 imóveis que declarou à Entidade para a Transparência (EpT).
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Luís Montenegro já se tinha oposto à consulta pública da lista de clientes e serviços prestados pela sua empresa Spinumviva, agora detida pelos filhos. Segundo avança o "Correio da Manhã" este domingo, volta a impedir o acesso público ao número da matriz dos 55 imóveis que declarou à EpT.
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O primeiro-ministro apresentou um pedido de oposição à divulgação do número da matriz dos imóveis, que a entidade responsável deferiu. De acordo com o jornal, os imóveis declarados dizem respeito a seis urbanos, incluindo a casa em Espinho e um apartamento em Lisboa, bem como 46 prédios rústicos herdados da família.
Montenegro impediu a divulgação pública da informação de quatro das cinco declarações de rendimentos desde abril de 2024 e o número da matriz foi removido em quatro das declarações.
Embora o primeiro-ministro não tenha respondido às questões colocadas pelo "Correio da Manhã", o jornal admite que o impedimento de consulta pública possa estar relacionado com a privacidade e segurança dos seus familiares, dado que o número da matriz permite aceder à localização dos imóveis.
Em julho, a EpT tinha confirmado que um dos pedidos de oposição do primeiro-ministro à consulta pública do seu registo de interesses dizia respeito à lista de clientes e serviços prestados pela Spinumviva. Depois, informou que Montenegro tinha feito mais pedidos de oposição ao acesso à declaração única de rendimentos, além da relativa à lista de clientes. Não esclareceu, no entanto, a que se referiam esses pedidos.