Luís Montenegro prometeu que, durante uma legislatura, tenciona aumentar em 50% o orçamento da Cultura e criar uma lei de mecenato. Para o líder da Aliança Democrática (AD), trata-se de um setor importante para o desenvolvimento económico e individual.
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Luís Montenegro já tinha tentado introduzir na campanha as propostas da Aliança Democrática (AD) para o setor da cultura, quando, na sexta-feira, visitou o Centro Oliva, em São João da Madeira. Mas o tema passou ao lado da divulgação mediática, num dia em que o líder do PSD teve que esclarecer as palavras do cabeça de lista por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa, a propósito das alterações climáticas.
Este domingo, num almoço-comício, aproveitou o “espírito de Coimbra” para tentar incluir o tema na agenda mediática. “Eu vejo a cultura como um instrumento de valorização humana. A cultura é importante para cada um de nós saber quem é”, começou por referir Luís Montenegro
Para o líder da AD, a Cultura é também “a expressão da criatividade”. “É o primeiro passo para termos a possibilidade de inovar, de fazer diferente. É preciso arriscar na criação artística para termos novos modelos. É uma forma de procurarmos a nossa identidade, a História, a preservação da nossa língua, das nossas tradições, é o alicerce de uma verdadeira democracia”, considerou.
Por isso, Luís Montenegro comprometeu-se a, durante uma legislatura, aumentar em 50% o orçamento para o setor da Cultura. “A Cultura é também a trave mestra de uma nova política pública, ligada às escolas, ao ensino superior, às instituições, ao movimento associativo, ligada à sociedade”, anunciou.
O candidato da AD prometeu também que, além de valorizar o ensino das artes desde o 1º ciclo, “uma das primeiras alterações legislativas, é termos uma lei de mecenato cultural”.
Num almoço-comício, em que destacou o facto de ter sido o único interveniente com “filiação partidária”, Montenegro considerou que a abertura da AD a independentes mostra que a coligação “não está a olhar para o lado, focada nas pequenas coisas”. “Estamos focados em ir à sociedade buscar o que de melhor há”, afirmou Montenegro, referindo que não quer “um Governo que imponha às pessoas aquilo que elas devem de ser”.
“Quando vejo o PS dizer que o que o PS tem para apresentar às pessoas, em termos de renovação, é o próprio PS, o que tem é vontade de continuar a ser PS. É o PS mais o PS. Ainda não perceberam que quanto mais fechados estiverem no PS menos capacidade há para alavancar o país”, rematou.
Depois da Figueira da Foz e de Coimbra, a campanha da AD deste domingo seguiu para Viseu, onde se realizará mais um comício, com discursos do presidente da Câmara, Fernando Ruas; do vice-presidente do PSD e cabeça de lista por Viseu, António Leitão Amaro; do líder do CDS-PP, Nuno Melo; e do presidente do PSD, Luís Montenegro.