Montenegro quer "reconciliação" com pensionistas e fim do "crime social" da fuga de jovens
O líder do PSD reconheceu, este domingo, que muitos reformados e pensionistas têm "algum receio" em votar na Aliança Democrática (AD), dizendo querer "reconciliar-se" com esse segmento. Luís Montenegro também se comprometeu a recuperar o tempo de serviço dos professores e a negociar com as forças de segurança.
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Na convenção da Aliança Democrática (AD), o líder social-democrática procurou disputar eleitorado com o PS ao centro, mas também à Direita, com o Chega: no primeiro caso, falou para reformados e pensionistas, anunciando também compromissos a apresentar em 60 dias, quer na saúde (plano de emergência), quer na educação (recuperação do tempo de serviço dos professores).
Da mesma forma, de modo a procurar esvaziar a influência do Chega, Montenegro piscou também o olho às forças de segurança. Embora alertando que não irá "prometer tudo a todos", comprometeu-se a iniciar, "logo de início", negociações com as forças de segurança, com vista à valorização do estatuto remuneratório.
O social-democrata salientou ainda a importância de criar condições para fixar os jovens em Portugal, mediante medidas como a redução da taxa de IRS para 15% até aos 35 anos, a isenção do IMT e do imposto se selo na compra da primeira habitação ou a "garantia do Estado na parte necessária a assegurar o financiamento bancário de 100% do valor de aquisição para os jovens". E rematou: "A nossa missão é juntar as famílias portuguesas".
Montenegro, que fechou a convenção da AD, no Estoril, também criticou o líder do PS, Pedro Nuno Santos. Acusou-o de ter deixado o Governo "por incompetência, incúria e perda de autoridade política". Considerou que o objetivo dos socialistas é "amarrar" os portugueses à "subsidiodependência".
Houve poucas referências ao Chega. Uma das poucas surgiu de forma indireta, já na parte final do discurso: "De mim e da AD não esperem aventuras nem radicalismo", disse.
Da mesma forma, Montenegro também esclareceu que não irá "prometer tudo a todos". "Os exageros de hoje pagam-se amanhã", justificou.