Montenegro reafirma vontade "inquebrável" de reformar o país e espera "normalidade possível"

Primeiro-ministro Luís Montenegro
Foto: Jure Makovec / AFP
O primeiro-ministro Luís Montenegro apresentou, esta quarta-feira, no Auditório Municipal de Baião, a nova etapa de uma iniciativa nacional destinada a reforçar a prevenção de incêndios rurais.
A entrega de maquinaria pesada a várias Comunidades Intermunicipais, coordenada pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), surge num momento em que o Governo procura consolidar capacidade operacional perante fenómenos extremos cada vez mais frequentes.
A sessão contou com a presença da ministra do Ambiente e Energia, do ministro da Agricultura e Mar, do secretário de Estado das Florestas e de diversos autarcas, num sinal de articulação institucional num período de particular sensibilidade política e laboral.
À margem do evento, e confrontado com a greve geral marcada para quinta-feira, Montenegro reiterou que o Governo "respeita o direito à greve" mas espera que o país "funcione com a normalidade possível", defendendo que o exercício de direitos "não deve impedir o dos outros". A resposta surge num contexto de crescente contestação social e de debates intensos sobre políticas salariais e condições laborais.
Relativamente à intenção de elevar o salário mínimo nacional para 1600 euros, o primeiro-ministro voltou a garantir que o objetivo "é realista", ainda que dependente da criação dos "alicerces" necessários. A oposição e os sindicatos têm pressionado o Executivo para clarificar o calendário, sobretudo numa altura em que as prioridades económicas e a gestão do rendimento das famílias assumem centralidade no debate público.
Num discurso dirigido ao futuro e claramente marcado pelo ambiente político atual, Montenegro reforçou a sua determinação em manter uma linha reformista: "Sou o primeiro-ministro com o objetivo e uma vontade inquebrável de deixar o país melhor do que aquilo que encontrei. Não vou desistir de ter um país com a ambição de estar na frente, de estar na vanguarda da Europa e de lutar por aquilo em que acredito para que isso possa ser possível", afirmou, sublinhando a necessidade de estabilidade e continuidade nas políticas estruturais.
