No ano passado foram registadas 121 mortes por afogamento em Portugal. Os números constam do relatório nacional do Observatório da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (FEPONS), divulgado esta sexta-feira, data em que se assinala o Dia Mundial de Prevenção do Afogamento.
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A associação aponta “uma redução de 21,9% face ao ano anterior, em que se contabilizaram 155 vítimas”, um cenário “encorajador”, mas que não deve fazer descurar a vigilância e continua a exigir “ação sustentada por parte de toda a sociedade”, considerada a federação.
De acordo com o documento, os locais com maior número de ocorrências foram o mar (41,3%), seguido dos rios (31,4%) e poços (9,9%). Apenas três das 121 mortes ocorreram em zonas vigiadas durante a época balnear, o que “sublinha a eficácia da presença de nadadores-salvadores”. O número mais elevado de afogamentos verificou-se no mês de abril, com 21,5% dos casos.
O relatório, que inclui análise por género, idade, distrito, tipo de local, horário e atividade, é considera pela FEPONS um “importante instrumento de apoio à decisão para autoridades nacionais, autarquias e entidades responsáveis pela segurança aquática”. Revela, por exemplo, que “76,9% das vítimas eram do sexo masculino, confirmando uma tendência persistente” e que as faixas etárias mais afetadas foram dos 55 aos 59 anos (11,6%) e dos 70 aos 74 anos (8,3%). A maioria das mortes ocorreu à tarde (44,6%).
Neste Dia Mundial, a FEPONS lembra a importância da “informação, educação e vigilância qualificada” para evitar afogamentos.
Destaca o seu compromisso através de programas de educação para todas as idades, como o SOS Afogamento, Nadador Salvador Júnior, Escola de Segurança Aquática, Salvamento Aquático Desportivo, formações para profissionais e projetos em parceria com escolas, municípios e instituições de saúde pública.