Mortágua mantém-se no parlamento até final do ano e deverá ser substituída por Fabian Figueiredo

A líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua
Foto: André Kosters / Lusa
A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, vai manter-se no lugar de deputada na Assembleia da República até final do mês de dezembro, altura em que Fabian Figueiredo deverá assumir o mandato bloquista.
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De acordo com fonte oficial da bancada parlamentar do BE, Mariana Mortágua vai continuar como deputada única no parlamento até ao final do ano, e não apenas até ao final do processo orçamental, que termina esta semana, como inicialmente foi anunciado.
A ainda coordenadora nacional do BE já anunciou que não irá recandidatar-se ao cargo na 14.ª Convenção Nacional, agendada para o fim de semana.
A partir de janeiro, o número dois na lista do BE pelo círculo eleitoral de Lisboa, Fabian Figueiredo, deverá ocupar o lugar de deputado no parlamento.
Essa é a escolha da moção "A", encabeçada pelo bloquista José Manuel Pureza e que conquistou 80% dos delegados à Convenção, prevendo-se que volte a conquistar a maioria dos lugares nos órgãos nacionais internos.
A moção "A" também pretende que Andreia Galvão, número três por Lisboa, e que substituiu Mortágua quando esta se encontrava numa flotilha internacional com o objetivo de levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, renda Fabian Figueiredo quando for necessário.
A 25 de outubro, numa carta dirigida aos militantes do BE, Mariana Mortágua anunciou não pretendia recandidatar-se à liderança do partido por considerar que a direção por si encabeçada foi incapaz de "gerar um novo impulso político e eleitoral".
Mariana Mortágua, 39 anos, economista, foi eleita coordenadora nacional do BE em maio de 2023, na última convenção nacional do partido, sucedendo a Catarina Martins, atual candidata à Presidência da República apoiada pelos bloquistas.
Na sequência deste anúncio de Mortágua, os bloquistas da moção "A" escolheram o antigo deputado e ex-vice-presidente da Assembleia da República, José Manuel Pureza, para encabeçar as listas à Mesa Nacional e à Comissão Política.
O BE enfrenta um dos momentos mais difíceis da sua história, depois de em maio deste ano ter obtido o seu pior resultado de sempre em eleições legislativas, passando de cinco para uma deputada única, e ter perdido representação autárquica, passando de cinco vereadores e 94 deputados municipais para uma vereadora em Lisboa e um total de 17 deputados em câmaras e freguesias.
