Os ministros da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior consideram que as alterações na conclusão do ensino secundário e no acesso ao ensino superior o tornam "mais diversificado" e que irá respeitar mais os estudantes e suas famílias.
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"O que pretendemos fazer com este modelo é torná-lo mais justo, pela questão da equidade e por alargar a base social. Temos um aspeto novo, no âmbito dos contingentes prioritários, de garantir 2200 vagas a pessoas mais carenciadas e garantir que esses alunos não deixem de aceder por razões económicas", apontou esta sexta-feira a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, em Coimbra, na apresentação das alterações.
Datas serão antecipadas
Sobre a antecipação das colocações do concurso nacional de acesso - que permitem que a primeira fase seja no final de agosto e as três fases se conheçam antes do final de setembro -, Elvira Fortunato entende que vai trazer outra estabilidade aos alunos e às famílias. "Vai ser muito bom para os alunos a antecipação das datas. É extremamente importante. Os alunos ficam a saber mais cedo e têm outra estabilidade no primeiro ano, que é fundamental para garantir que os alunos não abandonam o ensino superior. É fundamental ter uma vida mais facilitada", defende.
A mesma opinião é defendida pelo secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira. "É melhor para os estudantes deslocados, para mediar o processo de adaptação entre a colocação e as matrículas. Para além disso, os alunos que entravam na segunda e terceira fases eram colocados já quase um mês depois do arranque do ano letivo. Assim, todos os estudantes são colocados e matriculados até ao final de setembro e podem iniciar o ano letivo na mesma altura", disse.
A cerimónia de apresentação das alterações na conclusão do ensino secundário e no acesso ao superior decorreu hoje, em Coimbra, depois de um trabalho conjunto entre os dois Ministérios iniciado em outubro e que vai agora para discussão pública. O ministro da Educação, João Costa, destaca a importância da articulação entre os dois Ministérios.
"Temos desenvolvido muitas políticas articuladas, como os clubes Ciência Viva, ou o trabalho em conjunto com as bibliotecas escolares e centros de investigação. Têm sido passos importantes para o conhecimento destes subsistemas", aponta. Sobre as alterações, considera que foi conseguida "uma solução equilibrada, que aprofunda esta ideia de articulação entre os dois ensinos". As alterações pretendem "que a transição se faça sem dramas" e que a adaptação "seja natural".