O empresário Joaquim Oliveira morreu, este sábado, aos 78 anos. O antigo diretor do JN Manuel Tavares lembra exigência e "confiança extrema" em quem nomeava para os cargos de direção.
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Os clubes e os altos organismos do futebol profissional lembraram o trabalho de "modernização" e o "espírito empreendedor" de Joaquim Oliveira na evolução do desporto-rei em Portugal. No setor dos media, é recordada a "exigência" e a "confiança extrema" que depositava nas pessoas que escolhia para cargos de direção.
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O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, disse este sábado que "Joaquim Oliveira foi uma figura importantíssima na promoção e desenvolvimento do futebol português". O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, Reinaldo Teixeira, afirmou ter perdido "um amigo de uma vida".
O F. C. Porto, que reconheceu Joaquim Oliveira com um Dragão de Ouro em 1990, realçou o "espírito empreendedor e o enorme contributo para o crescimento e modernização do desporto". Já o S. C. Braga apontou que, enquanto acionista da SAD do clube desde a sua constituição, "foi um elemento próximo, conhecedor da realidade, sensível aos problemas e aos desafios".
Manuel Tavares, ex-diretor d'O Jogo e do JN, lembrou Joaquim Oliveira como um profissional "exigente", mas "compreensivo sobre o que jornalismo implicava". "Tinha uma confiança extrema nas pessoas que designava para os cargos, dando-lhes tanto a responsabilidade, como a liberdade", disse.
Na vida pessoal, era "uma pessoa divertida, que contava anedotas e dada ao convívio", referiu o amigo. "Sempre disponível para ouvir os outros, sem abdicar das suas convicções. Era também um divertido jogador de golfe com o qual partilhei algumas jornadas e tinha uma família encantadora", apontou Manuel Tavares.
O Comité Olímpico de Portugal declarou que o empresário foi capaz de "unir a iniciativa e a paixão pelo desporto". A Sport TV, canal que fundou, recordou o "legado profundo" e lamentaram a "perda irreparável".