Luís Filipe Menezes garantiu, esta quarta-feira, que não tenciona ser candidato nas próximas eleições autárquicas de 2025, e também não adiantou quem prevê apoiar para Porto e Gaia, sublinhando que "em 10 meses tudo muda".
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"Não tenciono candidatar-me a nenhuma autarquia deste país", respondeu o antigo autarca e ex-líder do PSD quando questionado pelo jornalistas, desde logo, sobre se pretendia protagonizar uma nova candidatura à Câmara de Gaia.
"Porque não me pergunta se vou concorrer à Câmara do Porto por exemplo? Ou à Câmara de Sintra, de Ovar ou Espinho. Só para falar de algumas que falaram comigo. Não sou candidato a nenhuma câmara municipal", afirmou à porta da Faculdade de Economia do Porto, onde foi convidado a participar numa conferência.
Menezes foi depois instado sobre a sua afirmação de que "algumas" pessoas falaram com ele. "No passado, durante estes anos todos, de vez em quando as pessoas falam. É normal", respondeu. Mas voltar a candidatar-se a algum cargo político está nos seus planos? "Eu disse há cerca de 10 anos que não tencionava ocupar mais nenhum cargo eletivo e executivo. Foi os termos que eu utilizei", recordou.
Sobre quem pretende apoiar para as câmaras portuense e gaiense, nada adiantou. "Não faço a mínima ideia. Não sei quem são os candidatos. Faltam 10 meses. Hoje em dia, no mundo que vivemos (...) em 10 meses tudo muda", respondeu Luís Filipe Menezes.
Passos "credível" para Belém mas está "fora" da política
"Vou dar-vos um exemplo", prosseguiu o ex-autarca para mostrar que naquele período de tempo tudo pode mudar. "Reparem que há uns seis ou sete meses", falava-se "muito" de Pedro Passos Coelho como candidato presidencial. Um candidato presidencial que eu penso que seria credível, que continuo a achar que é credível", sublinhou Luís Filipe Menezes aos jornalistas. "Mas bastou ele ter ido à apresentação de um livro, de que algumas pessoas não gostaram, que em 24 horas passou a ser um perigoso agente da extrema-direita. Portanto, em 24 horas tudo muda, a gente comete erros", continuou.
Menezes falava antes de uma cimeira sobre geoeconomia e política internacional organizada por um grupo de alunos onde também iria participar Passos Coelho que, à entrada, disse estar "fora da atividade política" e que pretende manter-se assim, mas sem afastar diretamente uma candidatura a Belém.