O primeiro-ministro garantiu, esta sexta-feira, que se for necessário será posto em marcha o plano de contingência para auxiliar os luso-descendentes que vivem na Venezuela, pois já estão definidos e articulados com a embaixada portuguesa.
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"Temos acompanhado permanentemente ao longo dos últimos dois anos a situação junto da nossa comunidade na Venezuela. A nossa primeira prioridade é preservar a segurança e é garantir a segurança dos portugueses que vivem nesse país. Temo-lo feito através das instâncias consulares e de idas regulares do nosso secretário de Estado das Comunidades Portuguesas à Venezuela", disse António Costa numa visita a Mogadouro.
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"Esperamos que a Venezuela retome a sua normalidade democrática, o que passa pela realização de novas eleições. Nós agimos concertados no âmbito da União Europeia, que é a forma de termos mais força para agir sobre o regime de Nicolas Maduro ", acrescentou.
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O primeiro-ministro afirmou que há um prazo fixado [oito dias, que termina domingo] e que o governo está a trabalhar com um conjunto de países da União Europeia para que, em conjunto com outros países da América Latina, estarem ativos para o apoio técnico e a garantia de total isenção e imparcialidade na realização de novas eleições. "Vamos deixar que o prazo seja cumprido e na sequência disso serão tomadas as ações devidas e já anunciadas", explicou.
O plano de contingência poderá envolver diferentes graus em função da situação concreta, podendo, no limite, haver situações de evacuações, mas esses canais estão todos estabelecidos e articulados com os países da região para que se for necessário aconteçam de forma mais segura e rápida possível. "Serão envolvidos os meios necessários, mas não se prevê uma intervenção militar. Não vamos invadir a Venezuela", afirmou António Costa.