O primeiro-ministro, António Costa, disse esta tarde de sexta-feira que a auditoria a enviar ao Parlamento existe porque foi ordenada pelo governo e que não pode deixar de se surpreender pelo facto de ninguém se interrogar porque é que os governos precedentes não o fizeram.
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"Além de termos ordenado auditoria, [também] dar as instruções para que a administração da Caixa Geral de Depósitos faça o que lhe compete, agindo judicialmente, seja criminal seja civilmente, contra todos aqueles que tenham causado prejuízos à Caixa Geral de Depósitos, por forma a que esta seja ressarcida", afirmou o líder do governo durante uma deslocação a Mogadouro, no âmbito da visita aos Lagos do Sabor.
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Sobre este tema, o primeiro-ministro defendeu que o governo fez "o que há muito tempo devia ser feito, porque o que foi irresponsável foi injetar dinheiro na Caixa sem se apurar a sua situação". O executivo que lidera, salientou, fez o que lhe competia, primeiro ordenou a auditora, ordenou o apuramento de responsabilidades criminais e, se as houver, o Ministério Público deve agir.
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Ainda sobre a Caixa, o primeiro-ministro disse que não confunde o que é o apuramento concreto de responsabilidades por parte das autoridades judiciárias, em quem confia, e o exercício de responsabilizações políticas dos governos anteriores. "Isso é um problema entre a Assembleia da República e os governos anteriores", afirmou, acrescentando que o governo garante é que "a Caixa está neste momento devidamente capitalizada de forma a poder realizar plenamente as suas funções e de garante das poupanças dos portugueses, a ser um estabilizador do sistema financeiro em Portugal e um bom instrumento ao serviço da economia", garantiu.