Na primeira semana de transferência do serviço de obstetrícia e ginecologia do Hospital de Santa Maria para o Hospital de São Francisco Xavier nasceram 79 bebés, de acordo com a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
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Desde o dia 1 de agosto que o bloco de partos do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, está fechado, tendo sido transferido para o Hospital São Francisco Xavier, na mesma cidade. A transferência de quase toda a atividade operacional de obstetrícia e ginecologia, incluindo internamentos e consultas, deve-se a obras de ampliação e remodelação no Santa Maria.
"Nasceram, em média, cerca de 11 bebés por dia no Hospital São Francisco Xavier", adianta a direção executiva do SNS, em comunicado enviado esta terça-feira às redações.
No âmbito da operação "Nascer em Segurança no SNS", nasceram 79 bebés na primeira semana de funcionamento da transferência dos serviços, entre 1 e 5 de agosto. Houve, inclusive, um recorde de partos no dia 5 de agosto: 20 bebés num dia.
A direção executiva do SNS adianta que não houve "necessidade de transferências para blocos de parto privados, sendo que as equipas de profissionais de saúde cumpriram integralmente com as escalas". De recordar que a transferência de mulheres grávidas, do SNS para unidades do setor privado, está prevista na operação de verão do plano "Nascer em Segurança". O objetivo é assumir uma "capacidade de resposta complementar" ao sistema público de saúde.
Ainda antes da transferência dos serviços, o Santa Maria encaminhou num mês 11 grávidas para três unidades do setor privado. Foram eles os hospitais da Luz, CUF e Lusíadas.
As obras de remodelação e de expansão na maternidade do Santa Maria têm estado envoltas em polémica. Dois diretores de serviço, Diogo Ayres de Campos e Luísa Pinto, foram exonerados dos respetivos cargos por discordarem do processo. Vários profissionais de saúde daquele hospital pedem a recondução dos colegas e defendem não haver condições suficientes no Hospital de São Francisco Xavier. Estima-se que as obras estejam concluídas até ao final do primeiro trimestre de 2024.