O tráfico de órgãos e de pessoas para fins de extração de órgãos é um problema cada vez maior ao qual nenhum país está imune. O tema esteve em discussão esta quinta feira em Lisboa. O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) revela que este ano os transplantes estão a aumentar.
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O crescimento do mercado de órgãos traficados beneficia da atual escassez de órgãos, um problema a nível global. Ou seja, a oferta de órgãos é insuficiente para as necessidades globais de transplantação. Quando não existe acesso legal a meios - sejam estes médicos, económicos ou aos próprios órgãos - um doente que tenha urgência num procedimento médico de transplantação poderá ser tentado a recorrer a métodos ilícitos, alertaram esta quinta-feira vários especialistas numa sessão no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, em que participou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na sessão de encerramento.
Ana Pires da Silva, assessora jurídica do Conselho Diretivo do IPST, revelou que “em 2009 foram realizados a nível global cerca de 154 mil transplantes de órgãos. No entanto, a Organização Mundial de Saúde estima que este número constitui apenas 10% dos órgãos necessários para os doentes diagnosticados com insuficiência orgânica em fase terminal”.