"Há mais de 15 anos que não há nenhuma retenção nesta escola e, para nós, esta é a nossa maior vitória", disse ao JN Ana Maria Caldeira, diretora da Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga. O estabelecimento é a melhor escola pública do concelho de Braga (está na 62.ª posição a nível nacional), uma distinção "de excelência" que enche de orgulho toda a comunidade escolar. Contudo, para a diretora, docente naquele estabelecimento de ensino há 37 anos, "o melhor prémio é saber que ninguém fica para trás".
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Com 500 alunos a frequentar o ensino articulado em música, os exames do Secundário foram realizados por cerca de 50 estudantes. "A escola dá-nos todo o apoio e prepara-nos bem. Passamos muitas horas aqui, trabalhamos muito, mas temos sucesso", descreve Artur Carreiras, aluno do 12.º ano. Também Mariana Rodrigues, aluna do mesmo ano, garante que foi sempre "muito apoiada" e que teve aulas extra sempre que surgiam dificuldades em qualquer disciplina.
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Além das aulas, a formação integral dos jovens alunos é uma preocupação. "A escola quer que sejamos alunos competentes, mas também cidadãos ativos, defensores de causas e com espírito crítico", afirmou Sérgio Silva, aluno do 11.º ano.
A pandemia e as aulas online acabaram por afetar sobretudo o ensino de Música. Nas outras disciplinas, "os alunos estavam saturados das aulas online, mas não revelaram qualquer desnivelamento no que refere ao sucesso escolar", disse Ana Maria Caldeira. "Mantivemos o nível de exigência elevado e o sucesso manteve-se."
Por ter ensino articulado, em todo o espaço escolar o ambiente é diferente. Há instrumentos musicais em todas as salas e nos espaços comuns e, de manhã até à noite, ouve-se música na Gulbenkian. As admissões à escola são feitas perante a realização de provas de aptidão.