Um novo tratamento que utiliza células imunológicas CAR-T parece funcionar em crianças com neuroblastoma, um tipo de cancro do tecido nervoso que geralmente começa na infância, nas glândulas suprarrenais, perto dos rins.
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Ainda é cedo para considerar este tratamento como a cura para o neuroblastoma, mas os primeiros indicadores são promissores e os investigadores concluíram que a terapia é "viável e segura no tratamento de neuroblastoma de alto risco".
Na base destas afirmações está um estudo realizado nos últimos três anos, em Itália, com as células CAR-T, já utilizadas para ajudar o sistema imunológico a combater a leucemia e outros tipos de cancro.
Já salvou 11 menores
Esta foi a primeira vez que os investigadores alcançaram resultados tão encorajadores em tumores sólidos, aumentando a esperança de que possa ser usado contra outros tipos de cancro, revelaram especialistas na área, citados pela agência Associated Press.
Ao longo dos últimos três anos, 27 crianças em estado terminal foram sujeitas ao tratamento e 11 sobreviveram. "Todas aquelas crianças estavam destinadas a morrer sem essa terapia", sublinhou Carl June, da Universidade da Pensilvânia, um pioneiro da terapia CAR-T que não esteve envolvido na investigação.
As crianças do estudo tinham cancros que regressaram ou eram difíceis de tratar. O tratamento com células CAR-T aproveita o sistema imunológico para criar "drogas vivas" capazes de procurar e destruir tumores, mas o sucesso em tumores sólidos tem sido discutível até agora. "Eles parecem ter encontrado uma combinação única", afirmou.