O PSD e CDS-PP apresentaram no parlamento uma nova versão do diploma que regula a entrada de estrangeiros em Portugal sem falar previamente "com nenhum partido", defendendo que o texto mantém os princípios de rigor e controlo da imigração.
Corpo do artigo
A nova proposta de alteração ao regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional surge depois de o primeiro diploma ter sido "chumbado" pelo Tribunal Constitucional (TC) e foi hoje apresentado pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro.
No parlamento, o vice-presidente da bancada António Rodrigues defendeu que o texto agora entregue - que espera ver discutido já na próxima semana em plenário - "acomoda todas as observações do Tribunal", nomeadamente nas matérias relativas ao reagrupamento familiar e acesso ao direito, "sem pôr em causa a política do Governo".
Questionado se tem garantias de que esta versão vai ter votos favoráveis do Chega - que aprovou o anterior diploma -, António Rodrigues respondeu que os proponentes PSD/CDS-PP não falaram "com nenhum partido até agora".
O deputado insistiu que "os princípios e valores continuam a ser exatamente os mesmos", e PSD/CDS-PP apenas acomodaram as dúvidas jurídicas do TC.
"Não faria sentido estar a conversar com ninguém relativamente a esta matéria. Se houver críticas quanto a ela, que as façam chegar para a discussão na especialidade, estaremos disponíveis para as discutir", disse.
Na mesma linha, também o deputado do CDS-PP João Almeida não antecipa dificuldades na aprovação do diploma, dizendo que, respeitando a posição do Tribunal Constitucional, não se abdica do essencial, "quer relativamente à regulação da imigração, quer concretamente em relação à questão do reagrupamento familiar", que continua a não ser automático.
"Aquilo que fazemos é manter todo o rigor que é essencial numa política migratória", disse.