A cirurgia realizada a 28 de julho no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, que separou as gêmeas siamesas, envolveu nove especialidades diferentes e dezenas de profissionais, ao longo de vários meses de investigação. Foi a oitava operação do género realizada em Portugal, todas no Dona Estefânia.
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Vinte e quatro anos depois voltou a realizar-se em Portugal uma cirurgia de separação de gémeos siameses. A operação, realizada a 28 de julho, separou duas meninas angolanas com quatro anos de idade e foi a oitava a ser feita no país, sempre no Hospital Dona Estefânia. O médico António Gentil Martins foi o pioneiro, tendo liderado as sete anteriores cirurgias.
Segundo a presidente do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), em que se integra o Dona Estefânia, esta oitava cirurgia foi um êxito e durou catorze horas. As crianças estavam unidas na região abaixo do umbigo e na região pélvica e partilhavam o mesmo fígado e intestino grosso. "Houve uma grande equipa, que durante meses, estudou e investigou para que tudo corresse bem", afirma Rosa Valente de Matos. A presidente do CHULC explicou, ao JN, que a investigação durou muito tempo e todo o processo envolveu dezenas de profissionais de nove especialidades diferentes.