Campanha "opaca" não entusiasma partido nem sociedade civil. 40 mil militantes podem votar, só haverá vencedor com mais de 50%.
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Podem ser as eleições da tranquilidade governativa para Rui Rio ou aquelas que atirem o PSD para um novo ciclo de liderança, que promete ser oposta à atual e assente no rosto de um dos seus maiores críticos internos, Luís Montenegro, ou do autarca Miguel Pinto Luz. Mas, ainda assim, não têm entusiasmado as bases do partido. O debate fechado entre sedes não ajudou, justificam politólogos. E apenas cerca de 40 mil dos 107 mil militantes (37,6%) atualizaram as quotas para poderem votar nas diretas de hoje. É o universo eleitoral mais baixo de sempre do partido.
"Estas eleições têm sido mais fechadas do que as outras. Por exemplo, existiu apenas um debate público. Por isso, a campanha tem sido muito mais interna, o que a torna necessariamente mais opaca", diz António Costa Pinto, apontando esta como uma das razões pelas quais as diretas de hoje terão um universo eleitoral de 40 442 militantes.