A taxa de abandono escolar precoce voltou a descer para os 5,1% (4,5% no Continente), de acordo com dados do primeiro trimestre de 2022 revelados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
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É um novo mínimo histórico que coloca Portugal "em contraponto com um cenário de quase estagnação na Europa", frisa o ministério da Educação em comunicado enviado às redações.
A taxa de abandono escolar precoce desce em Portugal pelo sexto ano consecutivo. Em 2016 era de 14%, no ano passado foi de 5,9%. A evolução decrescente é a maior entre todos os países da União Europeia. Portugal já está não só bem abaixo da média registada entre os 27 estados-membros (9,7%) como já atingiu a meta europeia definida para 2030 de os países registaram uma taxa inferior a 9%.
"O país está de parabéns sempre que a taxa de abandono escolar precoce diminui. Não só porque é um reflexo do bom trabalho das nossas escolas e dos seus profissionais, mas também porque é o fruto de uma sociedade que não se conforma com a ideia de que apenas alguns têm direito à educação, assumindo que o combate às desigualdades é uma missão coletiva", sublinhou o Ministro da Educação, João Costa, no comunicado.
Além do alargamento da escolaridade obrigatória, o ministério atribuiu a descida a políticas educativas dos últimos anos como a autonomia e flexibilidade curriculares, educação inclusiva ou diversificação de percursos formativos. "Instrumentos como o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, a melhoria dos processos de avaliação e aferição das aprendizagens, a redução do número de alunos por turma, o Apoio Tutorial Específico, entre outros, foram e são essenciais para este caminho", frisa o ME no comunicado.
A taxa de abandono escolar precoce é um indicador estatístico, definido pelo Eurostat, que apura a percentagem de jovens entre os 18 e 24 anos que não concluíram o Secundário e não estavam a estudar ou em formação no primeiro trimestre de 2022.
Durante os períodos de ensino à distância, o Conselho Nacional de Educação, entre outras entidades, alertou para o risco de o abandono subir face aos alunos que não se ligavam às aulas online.