Nunca nasceram tantos bebés fora do casamento e, também, de casais que não vivem juntos, revelou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística.
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Pelo segundo ano consecutivo, a maioria dos bebés (52,8%) nascem fora do casamento - em 2010, foram 41844, em 2016, 45972. O número sobe, aliás, pelo quarto ano consecutivo.
Para o Instituto Nacional de Estatística (INE), esse aumento de nascimentos fora do casamento (em 2015 foram 50,7% e em 2010 eram 41,3%) é "influenciado" pela proporção de nascimentos de bebés nascidos de pais que não vivem juntos, que "quase duplicou": 9373 (9,2%) em 2010, para 14862 (17,1%) em 2016.
O número de nados-vivos no ano passado foi de 87126 - um aumento de 1,9% relativamente aos nascimentos registados em 2015 (85500) mas que traduz um abrandamento comparativamente ao crescimento de 3,8% alcançado há dois anos.
Apesar da subida nos nascimentos, Portugal continua a registar um saldo natural negativo, pelo oitavo ano consecutivo, devido ao aumento da mortalidade. A diferença entre nascimentos e mortes foi de 23409, tendo-se agravado face ao anterior.
Já o número de casamentos manteve-se no nível de 2015 (32399). A maioria optou por cerimónia civil (64,2%), quase o dobro dos casamentos católicos que foram apenas 11274 em 2016.
Outra tendência que se mantém em crescendo é o de viver junto antes do casamento. No ano passado, 18182 casais (56,1%) já viviam juntos antes de decidirem casar, sendo o número mais alto desde 2010.