À margem da visita à Ovibeja, Nuno Melo falou sobre os últimos acontecimentos no Governo e voltou a expressar a posição assumida pelo partido em dezembro, defendendo a necessidade de novas eleições legislativas.
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O presidente do CDS começou por falar do "caso Galamba" e defendeu a intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa: "Não sendo de acreditar que o ministro João Galamba apresente a demissão e o primeiro-ministro o demita, o CDS faz um apelo ao presidente da República: que ele próprio exija do Governo essa decisão", expressou Nuno Melo.
Instado pelo JN a clarificar se João Galamba deve ser demitido e o Governo ficar em funções, o líder do CDS defendeu a posição assumida no final do ano passado, considerando que a governação já não permite uma regeneração e o país está num pântano. Por maioria de razões, a dissolução que pedimos em dezembro faz sentido hoje", concluiu.
"O presidente da República tem todo o direito constitucional de, na sua perspetiva, o Governo continuar. O regime democrático está a ser empurrado para o fundo. A dissolução da Assembleia da República permitiria a regeneração da vida politica e que o povo tivesse uma palavra a dizer", sustentou Nuno Melo.
Questionado sobre se as cisões à Direita levam o presidente da República e hesitar na tomada da decisão, Melo justificou que "o CDS não está no Parlamento" mas "voltará". "O CDS não foi substituído por nenhum outro partido, nem pelo Chega, nem pela Iniciativa Liberal, como nunca foi no passado pelo PSD", rematou.
Sobre o facto de a organização não ter convidado nenhum membro do Governo, o presidente do CDS justificou que, "se o protesto se faz na rua, este é um protesto expressivo, que mostra uma ministra de costas para a agricultura e um Governo de costas para o país. Há um antes e um depois no setor agrícola após as últimas eleições legislativas", concluiu.