O amor não tem idade e a luta também não: milhares saíram à rua no 1.º de Maio
Milhares de pessoas concentraram-se no Martim Moniz, em Lisboa, ao início da tarde deste domingo, e partiram rumo à Alameda, no âmbito das celebrações do 1.º de Maio da CGTP, num desfile que partiu ao ritmo de bombos e de palavras de ordem, pela avenida Almirante Reis. No Porto, as comemorações foram mais contidas, mas não faltou quem, de cravos em punho, lembrasse as lutas que estão por ganhar.
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Na sua intervenção na manifestação de Lisboa, a secretária-geral da CGTP rejeitou o argumento de que aumentos salariais agravam a inflação e exigiu medidas de controlo dos preços e a atualização do salário mínimo para 800 euros em julho.
"Não aceitamos que o patronato e o Governo usem a patranha de que os aumentos dos salários provocam uma espiral da inflação", disse Isabel Camarinha, defendendo que o Governo deve tomar "medidas efetivas sobre o controlo dos preços", exigindo "o aumento extraordinário do salário mínimo nacional, fixando-o nos 800 euros a partir de 1 de julho de 2022".
A líder da intersindical reivindicou ainda o aumento extraordinário das pensões "num mínimo de 20 euros" e voltou a exigir aumento salarial de 90 euros para todos os trabalhadores ainda este ano. Para Isabel Camarinha, "à boleia da pandemia e das sanções, está em marcha uma operação que visa acentuar a exploração" e a proposta de Orçamento do Estado para 2022 "passa ao lado das dificuldades dos trabalhadores".