Lista de suspeitos da Comissão Independente levou ao afastamento de 14 sacerdotes.
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Dos 14 padres suspensos após a entrega do relatório da Comissão Independente, oito voltaram ao ativo e seis não regressaram. Mais de metade já está a exercer. Em 13 dioceses que responderam ao JN, apenas a duas vítimas foi disponibilizado apoio psicológico, em Vila Real e no Porto. Nuno Caiado, o primeiro subscritor de uma carta aberta à Conferência Episcopal Portuguesa a pedir uma investigação independente aos abusos sexuais na Igreja, diz que estes dados são “extremamente reduzidos” face à dimensão do problema. Amanhã, o grupo VITA vai apresentar o trabalho que realizou no último meio ano.
Quando 19 das 21 dioceses portuguesas receberam as listas de membros do clero suspeitos de abusos, no início do ano, pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja, sete decidiram suspender padres. Em três destas, Lamego, Porto e Guarda, todos os seis padres que tinham sido afastados retomaram o exercício do ministério. Em Lisboa, regressaram dois dos quatro afastados. A diocese do Porto, a única das quatro que respondeu ao JN, explica a decisão com “a inexistência de provas” e o “arquivamento” do processo.