Os pensionistas do PS, a juventude do Chega, as mulheres do PAN e a letargia da AD
Análise conjunta às sondagens da Aximage dos últimos três meses permite traçar o perfil dos eleitores de cada partido. Direita esmaga entre os mais novos, Esquerda só fica à frente entre os mais velhos. Bloco Central ainda vale 60%.
Corpo do artigo
Uma maioria à Direita, mas com uma vitória socialista; forte crescimento do Chega, que valeria quase tanto como a soma de todos os outros partidos mais pequenos; um Parlamento instável e um Governo minoritário, seja qual for o próximo primeiro-ministro. Quando falta pouco mais de um mês para as legislativas, estabilidade só nas sondagens publicadas até aqui, que apontam sempre para os mesmos cenários.
Apesar da fragmentação partidária, que se materializou em 2019, e da instabilidade que se adivinha, há uma espécie de pilar do regime que se mantém, de sondagem para sondagem, mesmo que enfraquecido: o Bloco Central (PS e PSD) ainda vale cerca de 60%. No entanto, se tivermos em conta a idade dos portugueses, o futuro é incerto: os mais velhos são mais fiéis ao centrão (75% votarão no PS ou na Aliança Democrática), mas o entusiasmo é tanto menor quanto mais jovens os eleitores (apenas 44% dos que têm 18 a 34 anos votam nos partidos do Bloco Central).