“Às vezes, na vida, é preciso sujar as mãos para não sujar o coração”, afirmou o Papa Francisco, esta manhã, depois de dar o retoque final no mural pintado pelos jovens e crianças da Scholas Occurrentes, em Cascais.
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Mais de quatro mil pessoas criaram coletivamente 300 murais que estão agora reunidos numa única obra que se estende por três quilómetros e que é a concretização do projeto “A Vida Entre Mundos” .
O programa Scholas Occurrentes começou em 2001, em Buenos Aires, pelo arcebispo da Cidade, Jorge Bergoglio, atual Papa Francisco, e, em 2019, começou a funcionar em Cascais.
“Scholas é um encontro, andando, todos, do país que sejas, da religião sejas”, afirmou o Papa.
Um jovem guineense e um muçulmano apresentaram o seu testemunho ao Papa e de improviso Francisco respondeu às perguntas, pedindo que se viva um “respeito dinâmico”, que coloca em movimento.
Referindo-se também à necessidade de transformar o caos em cosmos, Francisco, incentivou que todos procurem a ajuda dos outros, explicando que “há momentos de crise que são caóticos”. “Uma vida que nunca sentiu o caos é uma vida destilada”, referiu perante centenas de jovens, muitos deles sentados no chão.
Depois de ser presenteado com um pincel usado para pintar o mural, o Papa ofereceu um ícone moderno do "Bom Samaritano" e recordou que muitas vezes se “prefere a pureza ritual à proximidade humana”.