Chega é exceção na tendência de contenção e prevê gastar quase o dobro nesta campanha.
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As eleições de 18 de maio serão as segundas legislativas em pouco mais de um ano e os partidos pretendem gastar menos nesta campanha. Os orçamentos entregues ao Tribunal Constitucional totalizam quase 8,5 milhões de euros, menos dois milhões do que o gasto no ano passado. Só o Chega quase duplica a verba.
Em 2024, os orçamentos entregues não chegavam aos 8 milhões de euros, mas a confirmação das despesas revelou derrapagens.
Só AD e PS, somados, planeiam gastar menos cerca de 1,9 milhões de euros face às campanhas do ano passado. PSD e CDS estimam gastar 2,55 milhões, reduzindo em mais de 700 mil os 3,25 milhões aplicados para as últimas legislativas. Já os socialistas, que passaram para a Oposição, deixam de ser o partido com maior orçamento e também cortar mais de 700 mil euros. O PS pretende que a sua campanha não ultrapasse os 2,25 milhões e quer financiá-la apenas através da subvenção estatal.
Fundos pagam metade
Em sentido inverso, o Chega, que no ano passado passara de 12 para 50 deputados, prevê gastar 1,6 milhões de euros nesta campanha, mais do dobro dos 700 mil euros orçamentados em 2024. A previsão reparte-se igualmente entre subvenção estatal (800 mil euros) e fundos próprios do partido (também 800 mil euros), e supera até o valor efetivamente gasto pelo partido de André Ventura em 2024, onde os gastos chegaram aos 1,3 milhões.
Comunistas e bloquistas também pretendem gastar menos: a CDU quase 200 mil euros, o BE cerca de 50 mil. Já o Livre prevê investir 150 mil euros, valor quase idêntico ao efetivamente gasto em 2024, e o PAN estima gastar 150 mil euros, menos 23,5 mil euros do que em 2024.