Passos e Portas vão estar na apresentação das "linhas orientadoras" do PSD/CDS
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, e o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, participam na quarta-feira na apresentação das "linhas orientadoras" do programa eleitoral da coligação às eleições legislativas.
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De acordo com uma nota emitida pelos gabinetes de imprensa de PSD e CDS-PP, as linhas orientadoras do programa da coligação serão apresentadas na quarta-feira às 19.30 horas, num hotel em Lisboa, pelo vice-presidente do PSD José Matos Correia e pela vice-presidente do CDS-PP Assunção Cristas, na presença dos líderes dos dois partidos.
A apresentação destas linhas orientadoras do futuro programa de PSD e CDS-PP acontecerá dois dias antes de o PS iniciar em Lisboa a Convenção em que irá aprovar definitivamente o seu programa eleitoral.
No acordo de coligação, PSD e CDS-PP prometeram um programa realista e reformador, pressupondo que se "preserva a autonomia" de cada partido e destacando-se a experiência governativa e "cultura de compromisso" de ambos.
O acordo foi assinado no dia 16 de maio, assinalando o primeiro ano depois da saída da troika, e na escolha do local a coligação procurou também o simbolismo: Guimarães, a cidade que é associada ao chamado berço da nacionalidade portuguesa.
O anúncio de Passos Coelho e Paulo Portas de que proporiam aos respetivos partidos concorrem juntos às legislativas foi feito no dia 25 de abril, de surpresa, sem que nenhum órgão de comunicação social o tivesse antecipado.
Após a aprovação pelos Conselhos Nacionais dos dois partidos, e em simultâneo no dia 30 de abril, dirigentes e estruturas do partido têm vindo a marcar mediaticamente o trabalho conjunto para as próximas eleições.
O último desses momentos foi há uma semana, com uma reunião na sede do CDS, em Lisboa, entre distritais, diretores de campanha e líderes das juventudes partidárias, altura em que o vice-presidente e porta-voz do PSD Marco António Costa disse que a coligação apresentaria "brevemente" as bases programáticas, remetendo o programa eleitoral para o "final do mês de junho".
As linhas orientadoras não deverão indicar ainda a posição defendida por PSD e CDS-PP para as pensões - sistema no qual o Governo se comprometeu no programa de estabilidade a um corte de 600 milhões de euros -, já que mesmo no programa eleitoral propriamente dito, Passos Coelho já disse que não terá uma solução "muito definida".
O primeiro-ministro e presidente do PSD insistiu no sábado que o Governo se comprometeu, "dentro do Programa de Estabilidade que apresentou em Bruxelas, com um resultado que ajude a equilibrar o orçamento da Segurança Social e alguma medida terá de ser encontrada nesse sentido".
"Já o repeti várias vezes: temos um problema, não vale a pena fazer de conta, temos de o resolver, a melhor forma de o fazer é num entendimento alargado", declarou.