Passos Coelho percorreu ontem, no Montijo, as mesmas ruas que António Costa galgou na semana passada. Foi confrontado com várias queixas, mas também com mensagens de apoio.
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Na pastelaria Mimosa, no centro histórico do Montijo, ouviu uma moradora queixar-se da falta de trabalho. "Dizem que o IEFP tem mais de 20 mil postos de trabalho disponíveis através das medidas ativas de emprego, mas todos os dias vou ao centro de emprego e não consigo encontrar nada", atirou Vanda. Depois do encontro com o líder da coligação Portugal à Frente (PàF), a montijense foi convidada a deixar o seu contacto na deputada Maria Mercês Borges, que pertence ao IEFP, o que a entusiasmou. "Isto está mesmo a acontecer? Vão mesmo ajudar-me?"
Ao JN, a deputada do PSD eleita por Setúbal nas legislativas de 2011 explicou que existem postos de trabalho aos quais muitos desempregados não se ajustam. "A senhora Vanda procura algo na área administrativa e, no contacto que vou ter com ela, vou ter de analisar o caso específico e como pode adequar as suas competências ao mercado laboral". Como Vanda, existem outros casos de pessoas que, por não verem o seu percurso profissional adequado à oferta existente, têm de passar por um reajustamento das competências. "Muitas vezes é preciso passar por formação profissional adequada às necessidades existentes no mercado laboral".
Passos diz ter "cofre apetrechado"
Na manhã de ontem, no Barreiro, Passos Coelho salientou ter o "cofre apetrechado" para fazer face a qualquer perturbação de mercado que possa acontecer. À tarde, no Montijo, Maria Luís Albuquerque, questionada pelo JN sobre que conselhos daria a um possível Governo PS sobre o cofre cheio, respondeu: "Não faço previsões sobre resultados do próximo ato eleitoral".
A Ministra das Finanças, apurou o JN junto de fonte do PSD, continuará à frente da pasta caso o PàF vença. Caso perca, a cabeça de lista do PàF por Setúbal pretende assumir lugar de deputada no Parlamento, onde esteve por dois dias há quatro anos.