Depois de 18 anos de Jerónimo de Sousa, Paulo Raimundo assumiu a liderança. Há uma renovação geracional, sim, há o seu estilo. De resto, tudo como dantes na forma e no conteúdo, na essência e no discurso, nas prioridades e no modo de estar. A mesma voz coletiva, a mesma intervenção, as mesmas palavras de ordem.
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A mesma vida e a mesma missão. A estreia como secretário-geral na Festa do Avante! está prestes a acontecer e não se esperam surpresas. A luta continua num partido que garante que não é como os outros.
O trabalho da era Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, começou nas ruas, como era previsível. Ele conta-o em discurso direto num resumo alargado. No plural, como habitualmente. “Demos uma volta a praticamente todo o país, muito contacto nas empresas, mas também nas ruas, feiras e mercados, com utentes da saúde, micro, pequenos e médios empresários e agricultores, pescadores, forças de segurança, professores, com organizações de mulheres, mas também de juventude, abordagem a questões tão diferentes como a cultura ou o desporto, mas também visitas a empresas procurando valorizar a nossa capacidade produtiva ou o tratamento das questões da soberania alimentar, enfim, muito contacto, muitas e boas conversas, muitas questões para evidenciar e tratar.” São nove meses ao leme do Partido Comunista.