O PCP já decidiu se os seus deputados assistirão ao discurso do presidente da Ucrânia no Parlamento, na quinta-feira, mas só revelará a decisão na tarde de quarta-feira. "Podem fazer a pergunta de 20 maneiras diferentes - e são muito criativos, eu sei - mas a resposta é que amanhã se saberá", afirmou o líder comunista, Jerónimo de Sousa, aos jornalistas. Uma tomada de posição reafirmada por fontes do partido quando o JN tentou, sem sucesso, apurar a situação.
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A sessão em que Volodymyr Zelensky discursará à distância será breve, revelou fonte parlamentar ao JN: além do líder ucraniano - cuja intervenção terá tradução simultânea -, só o presidente da Assembleia da República (AR), Augusto Santos Silva, falará.
Não haverá as habituais honras militares de Estado à entrada e os partidos não irão intervir. No final, tocarão os hinos português e ucraniano.
Estarão também presentes o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e outras altas figuras previstas no protocolo de Estado, como os antigos chefes de Estado, os presidentes dos tribunais superiores, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas ou a provedora de Justiça, entre outros.
Também marcarão presença vários convidados ucranianos, como a embaixadora Inna Ohnivets, além de professores de ucraniano e membros de associações cívicas.
Esta terça-feira, os deputados que integram a comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas decidiram criar um grupo de trabalho para escrever um texto comum com a condenação do Parlamento à invasão da Ucrânia e, também, de eventuais crimes de guerra cometidos pela Rússia. O grupo será liderado pelo socialista Paulo Pisco.