O secretário-geral do PS afirmou, esta terça-feira, nos Açores, que a entrada de Pedro Passos Coelho na campanha da AD foi a "oportunidade de ver duas faces da mesma moeda”. Pedro Nuno Santos lembrou que o antigo líder do PSD também prometeu não cortar nas pensões e salários e depois fez "exatamente o contrário”.
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No final da visita a uma empresa de biotecnologia e investigação no concelho de Lagoa, em São Miguel, Pedro Nuno Santos não fugiu à entrada de Passos Coelho na campanha eleitoral da AD e considerou que foi “a oportunidade de ver duas faces da mesma moeda em campanha".
"Prometeram em campanha não cortar pensões, não cortar salários. Fizeram exatamente o contrário quando chegaram ao poder", acrescentou, aludindo aos anos de governação de Pedro Passos Coelho, entre 2011 e 2015. De seguida, lembrou que durante esses anos, Luís Montenegro "não era só um qualquer dirigente do PSD, era o líder parlamentar, o responsável pelo apoio, pela aprovação das medidas no parlamento", vincou.
Aos jornalistas, referiu também que a campanha “está a correr muito bem” ao PS. “Nós estamos a conseguir mobilizar o país para conseguirmos dar esperança ao país. Nós não queremos regressar ao passado, regressar ao passado que era governado por um partido que dizia uma coisa aos portugueses e praticava outra", considerou.
“Nós temos uma mensagem de esperança, de futuro para dar aos portugueses. Nós temos uma relação de confiança com os portugueses. Nós estamos a conseguir mobilizar o país para conseguirmos dar esperança ao país. Nós não queremos regressar ao passado, regressar ao passado que era governado por um partido que dizia uma coisa aos portugueses e praticava outra", observou.
Já sobre as promessas feitas por Luís Montenegro, o secretário-geral diz que “é o vira o disco e toca o mesmo”. “O PSD apresenta um cenário macroeconómico que é irrealista. Vivemos num contexto de profunda incerteza, propõem um programa que vai trazer às contas públicas um rombo de 23,5 mil milhões de euros, num contexto de incerteza é uma irresponsabilidade orçamental. Essa responsabilidade orçamental paga-se mais caro à frente”, alertou, dando mais uma vez como exemplo o “período de Pedro Passos Coelho e Luís Montenegro”.