Períodos de frio e calor extremos associados a 1107 óbitos em excesso neste ano
Impacto nos maiores de 75 anos e nas mulheres. Depois dos últimos recordes, este ano deve fechar abaixo dos 120 mil óbitos.
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O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) identifica, neste ano, dois períodos de excesso de mortalidade semanais, associados a picos de calor e de frio. São 1107 óbitos a mais, abaixo da expressiva sobremortalidade ocorrida nos últimos três anos. Estimando-se que, no final do ano, o país fique abaixo dos 120 mil óbitos, após os recordes registados entre 2020 e 2022. Com particular impacto na população mais idosa e nas mulheres.
Entre 1 e 14 fevereiro, coincidente com uma vaga de frio, o INSA contabiliza um excesso de 536 óbitos (+10% face ao ano passado); e entre 21 e 27 de agosto, em pico de calor, outros 351 (+18%). Acrescem outros dois períodos, “limitados no tempo”, concretamente o dia 7 de janeiro, com 74 óbitos a mais (+20% face ao esperado, “coincidente com a epidemia de gripe”); e 8 e 9 de agosto, com +146 mortes (+26%, “coincidente com período de calor extremo”). Sendo os grupos mais afetados a faixa etária +75 anos e as mulheres. A análise reporta até 25 de outubro.