Comissão encarregue de investigar mortes em 2020, quando a taxa disparou para níveis dos anos 80, já entregou documento às autoridades de saúde
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Há dois anos, anunciava-se uma investigação à mortalidade materna registada em 2020. Naquele ano, 17 mulheres morreram devido a complicações da gravidez, parto e puerpério, levando a taxa de mortalidade ao valor mais alto dos últimos 38 anos, conforme noticiou o JN na altura. A comissão encarregue de analisar aqueles óbitos entregou o seu relatório ainda ao anterior Executivo, atualizando-o há cerca de um mês, estando na Direção-Geral da Saúde (DGS). Defendendo os peritos que se torne público. Já a DGS remete esclarecimentos para aquando da sua publicação.
“A Comissão [de Acompanhamento da Mortalidade Materna] produziu o relatório ainda na altura do anterior Governo, enviou para a DGS e para o Ministério, o que se passou não lhe sei dizer”, diz, ao JN, o obstetra Diogo Ayres de Campos, que integra aquele grupo de trabalho. Posteriormente, e porque a “Dra. Rita Sá Machado [diretora-geral da Saúde] considera o assunto prioritário”, houve nova reunião, com uma “revisão das conclusões” há cerca de um mês, esclarece.