A petição "Iniciativa Popular de Referendo sobre a (des)Penalização da morte a pedido", que exige que a legalização da eutanásia seja decidida através de uma consulta pública à população, recolheu 76.124 assinaturas até sábado de manhã. A iniciativa já superou, portanto, as 60 mil subscrições necessárias para ser discutida no Parlamento.
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Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida (FPV) - entidade que promove a petição -, disse ao JN estar satisfeita com a "grande adesão" dos portugueses ao documento, revelando que este vai continuar disponível para subscrição "durante os próximos tempos", uma vez que "ainda há muita gente que não assinou" e que pode querer fazê-lo.
Em comunicado publicado no Facebook, a FVP revela também que "continua a receber diariamente centenas de assinaturas oriundas de todo o país", acrescentando que, das mais de 76 mil subscrições, cerca de 50 mil foram recolhidas em papel.
Segundo Isilda Pegado, a organização ainda não definiu em que data vai entregar as assinaturas ao Parlamento.
Recorde-se que, no passado dia 20 de fevereiro, o Parlamento aprovou cinco projetos de lei (de PS, BE, PAN, PEV e IL) que visam a legalização da eutanásia, tendo sido entretanto criado um grupo de trabalho para afinar o documento final.