A Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária assegura que o plano nacional criado para reduzir a sinistralidade, o PENSE 2020, está executado a 78%. Para o cálculo, soma as medidas realizadas de forma parcial.
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Numa apreciação feita pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e pela holandesa Universidade de Tecnologia de Delft, divulgada esta segunda-feira, apenas 38 das 107 medidas previstas no plano estão completamente realizadas. As restantes estavam, a dois meses do término do PENSE 2020, ainda em execução, tinham sido canceladas, adiadas ou não havia informação sobre o seu andamento. O cálculo feito pelo JN apontou, assim, para uma execução de 35%.
Ao final da tarde desta terça-feira, a Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR) contestou o valor e assegurou que a taxa de execução do Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária é de 78%, "o valor mais alto comparativamente com todos os plano estratégicos de segurança rodoviária que antecederam o PENSE 2020". Para isso, a ANSR soma as execuções parciais e exclui "as medidas canceladas e as que não têm informação".
A ANSR reconhece que foram canceladas seis medidas, "por se terem revelado inexequíveis", e nega que alguma tenha sido adiada.
O relatório "Fundamentos Técnico-Cientificos para a Estratégia de Segurança Rodoviária 2030: Situação atual e desafios emergentes" faz um balanço, uma a uma, das 107 medidas constantes do PENSE 2020, em preparação do próximo documento estratégico. Em outubro de 2020, dois meses antes do término do programa, muitas tinham sido executadas de forma parcial - algumas por falta de dinheiro ou de recursos humanos.