Especialistas defendem redução do risco para peões e ciclistas em nova estratégia
Um estudo pedido pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) lança importantes contributos sobre o que deve ser intervencionado na Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária: Visão Zero 2030.
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Num segundo relatório do estudo, divulgado esta sexta-feira, os investigadores do LNEC relatam ser necessário diminuir a exposição ao risco de peões e ciclistas, tendo em conta que as deslocações a pé ou de bicicleta serão cada vez mais usuais.
Entre as medidas sugeridas estão a "existência de vias separadas em corredores de tráfego de elevada velocidade" e a "diminuição do volume de tráfego motorizado em zonas de 30 km/h e em zonas residenciais".
Os números são claros, entre 2017 e 2019, quase 80% das mortes de peões "ocorreram dentro de zonas urbanas", lê-se no documento, feito em colaboração com Fred Wegman, professor da Universidade de Tecnologia de Delft, nos Países Baixos.
A redução do número de acidentes e de vítimas nas estradas mantém-se a linha orientadora da "Visão Zero 2030", alinhada com a política de segurança rodoviária da Comissão Europeia.
A velocidade excessiva e a condução sob o efeito de álcool são apresentadas pelos especialistas como os "dois problemas capitais com uma relação bem conhecida com o risco de acidente" em Portugal.
O relatório apresentado faz parte da fase dois da definição da estratégia da segurança rodoviária para a próxima década.
A ANSR está a reunir contributos, que poderão ajudar a estabelecer as metas operacionais da nova política de mobilidade.