A Polícia Metropolitana de Londres vai voltar ao caso de Madeleine McCann, a menina britânica desaparecida em Lagos, no Algarve em Maio de 2007, depois da intervenção pessoal do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron.
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A ministra do Interior britânica, Theresa May, informou, sexta-feira, em comunicado, a decisão, depois de David Cameron ter escrito aos pais da criança, Kate e Gerry McCann, para prometer-lhes que faria o possível para ajudar a encontrá-la.
O chefe do Governo já tinha estado com os pais de Madeleine há cerca de 18 meses quando era líder da oposição.
Apesar da menina "ter desaparecido em Portugal e os portugueses manterem a responsabilidade do caso, as agências que fazem cumprir a lei aqui [referindo-se à Polícia], seguiram pistas e passaram informação às autoridades portuguesas", disse um porta-voz do Ministério do Interior.
A ministra do Interior salientou que a Polícia Metropolitana de Londres, conhecida como Scotland Yard, vai usar a sua "experiência particular" no caso e afirmou que o seu Ministério dará o "apoio financeiro necessário".
Theresa May referiu que a Polícia tem a técnica e o conhecimento que podem ajudar a esclarecer o caso.
"As autoridades britânicas nunca deixarão de trabalhar para encontrar a Madeleine", acrescentou.
Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer quatro anos, a 03 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico na Praia da Luz, no Algarve.
Os pais, Kate e Gerry McCann, jantavam nessa altura com um grupo de amigos ingleses num restaurante a cerca de 50 metros do apartamento.
A mãe da criança, Kate, e o pai, Gerry McCann, foram constituídos arguidos pelas autoridades judiciais portuguesas em Julho de 2007.
Mas a 21 de Julho de 2008, a Procuradoria-Geral da República anunciou o arquivamento das suspeitas contra o casal e um terceiro arguido, Robert Murat, o que ditou o fim das investigações.