O presidente do CDS-PP saudou, no domingo, o líder centrista madeirense pelo "resultado especialmente consistente, resistente e sustentado", apontando críticas a sondagens e comunicação social por falta de reconhecimento do "segundo partido" daquela região autónoma.
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Paulo Portas felicitou o dirigente do CDS-Madeira, José Manuel Rodrigues, numas "eleições especialmente difíceis".
"O CDS consolida o segundo lugar, ou seja, não teve um resultado ocasional há quatro anos, volta a ser o segundo partido, o líder da oposição, a cabeça da alternativa, de longe o segundo grupo partidário na Assembleia Regional da Madeira", congratulou-se o vice-primeiro-ministro, na sede lisboeta dos democratas-cristãos.
Segundo o máximo dirigente centrista, o partido "resistiu muito bem a uma operação política que era uma espécie de todos contra o CDS, promovida pelo PS, tentando uma coligação com tanto partido tão diferente, sem nexo nem coerência, com o único objetivo de superar o CDS".
O PSD conquistou a sua 11.ª maioria absoluta consecutiva na Madeira, as primeiras sem Alberto João Jardim, liderado por Miguel Albuquerque (44,33%) e 24 dos 47 deputados eleitos, menos um do que nas últimas eleições.
O CDS-PP alcançou 13,69% dos votos, elegendo sete deputados, menos dois do que tinha conseguido em 2011, quando teve 17,63%. A coligação "Mudança" (PS-PTP-PAN-MPT) registou 11,41%, elegendo seis deputados, o mesmo número de eleitos conseguido pelo PS sozinho em 2011 (11,50%).
"O resultado do CDS foi obtido apesar das sondagens e contra as sondagens. Pela enésima vez na história deste partido, o povo dá-nos uma força que as empresas de sondagens não conseguem. O CDS foi sistematicamente colocado em terceiro lugar", lamentou ainda o líder centrista, exemplificando com estudos da Universidade Católica e com um debate sobre as eleições regionais, promovido pela RTP no domingo, apenas com um deputado do PSD e outro do PS.
Portas destacou também que, "se o CDS tivesse tido mais um por cento dos votos nas eleições de domingo não teria havido maioria absoluta de um só partido".
"Desprezados pelas sondagens, às vezes ignorados pela comunicação social e perante fenómenos políticos difíceis, o CDS aguentou, resistiu e consolidou-se como líder da oposição na Madeira", completou.