O Governo anunciou, esta terça-feira, que Portugal manifestou vontade de receber os refugiados resgatados pelo navio "Lifeline", que aportará nas próximas horas em Malta.
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Segundo o ministro da Administração Interna, as estruturas nacionais já estão no terreno esta terça-feira, a prepararem as respostas sociais para receber estes refugiados, entre os quais se contam 14 mulheres e quatro crianças - uma delas com quatro meses apenas.
Durante a audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, onde está a responder a requerimentos do PSD e do CDS sobre meios aéreos de combate a fogos, Eduardo Cabrita disse que o Governo mostrou ao congénere maltês a disponibilidade em dar resposta aos apelos do "Lifeline", da organização não governamental alemã com o mesmo nome, que transporta 234 refugiados e a quem a Itália fechou a porta.
A embarcação está em águas territoriais maltesas, onde uma agitação marítima é esperada nas próximas horas, com pessoas resgatadas no Mediterrâneo em situação de grande fragilidade e com condições físicas muito débeis. Espera-se que o "Lifelife" aporte esta noite em Malta.
Eduardo Cabrita disse aos deputados que falou com o ministro da Administração Interna de Malta e que Portugal arrancou com os preparativos para abrir portas aos refugiados. "Estamos já a tratar dos procedimentos necessários", explicou.
O "Lifeline" resgatou os 234 refugiados na costa da Líbia e deparou-se com a recusa de Itália de receber estas pessoas, após vários dias de apelo insistentes às autoridades sicilianas. Outra embarcação, a "Alexander Maersk", que também se dedica ao resgate de refugiados no Mediterrâneo, está há vários dias nas mesmas águas à espera de uma autorização para aportar 113 refugiados.