A União Europeia vai apresentar uma proposta para aumentar as quotas nacionais de acolhimento de refugiados e Portugal poderá receber 4775 pessoas.
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Segundo uma fonte da União Europeia, citada pela agência Reuters, Jean-Claude Juncker deverá anunciar, esta quarta-feira, a proposta de um aumento no número de refugiados que serão reinstalados temporariamente na Europa, de 40 mil para 160 mil.
De acordo com as informações avançadas pela fonte, e segundo a nova proposta, Portugal poderá acolher 4775 pessoas, em vez das 1701 originalmente previstas na proposta de maio. Número similar ao que deverá ser acordado com países como a Áustria (4853) e a República Checa (4306).
A Bélgica pode vir a receber 5928 pessoas, a Suécia 5838 e a Roménia 6351. Menos pessoas iriam para países como Malta (425), Chipre (447), Luxemburgo (808) Letónia (1043), Estónia (1111), Lituânia (1283), Eslovénia (1126) e Croácia (1811).
A Bulgária receberia 2172 pessoas, enquanto que a Finlândia acolheria 3190. Os números sobem no que diz respeito à Holanda (que poderá vir a acolher 9261 refugiados) e a Polónia (que asseguraria guarida a 11946).
Espanha também deverá receber bem mais gente do que o inicialmente previsto: dos 4288 anteriormente propostos passa para 19219 pessoas a recolher.
A Alemanha deverá receber, segundo a tabela da proposta, mais de 40 mil pessoas, enquanto que a França acolhe 30 mil pessoas, que seriam relocalizadas da Itália (39 mil), Grécia (66 mil) e Hungria (54 mil).
Enquanto muitos verão este aumento de quotas como uma boa nova (o presidente francês François Hollande, por exemplo, já veio a público garantir que o país está preparado para receber mais refugiados), outros países não deverão aceitar a proposta sem alguma resistência. Diversos membros da União Europeia rejeitaram o aumento das quotas em junho e outros admitem não ter condições para ajudar mais gente. A Polónia poderá ser um deles, já tendo avisado que consegue dar assistência apenas a duas mil pessoas: de acordo com a nova proposta, poderá receber perto de 12 mil.
A Eslováquia também já garantiu que não vai acolher quaisquer muçulmanos, mas, segundo a tabela disponibilizada, deverá dar abrigo a 2287 pessoas.