Portugueses preocupados com a defesa da Europa, mas não com a imigração
A União Europeia tem de reforçar a capacidade de produção de equipamento militar (70%), deve ter uma política comum de segurança e defesa (65%) e também uma política externa comum (59%). São as respostas dos portugueses no Eurobarómetro da Primavera, que, ao contrário, não valorizam a imigração como um problema.
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O tema da defesa e da militarização da Europa tem sido um dos temas dominantes da campanha para o Parlamento Europeu, em Portugal como no conjunto dos 27. E a maioria dos cidadãos europeus, incluindo os portugueses, parece alinhado com esse discurso. Para além do reforço da capacidade de produção de armamento (71% dos europeus e 70% dos portugueses concordam), é preciso gastar mais dinheiro em defesa na União Europeia (66% dos europeus, 70% dos portugueses).
A melhor forma de rentabilizar esse esforço parece ser a de avançar para uma maior integração política, ao ponto de ser esmagadora a defesa de uma política comum de segurança e defesa: 77% dos europeus (mais 13 pontos do que no Eurobarómetro do final do ano passado) e 65% dos portugueses (menos seis pontos que em outubro). O apoio a uma política externa comum, que normalmente anda de braço dado com as armas, é um pouco menor, mas ainda assim claramente maioritária: 69% dos europeus e 59% dos portugueses.