Portugueses que chegarem da China serão rastreados no aeroporto

O dispositivo contra o coronavírus ainda não está totalmente definido. Há questões ainda por responder, como o número exato e quando vão chegar os portugueses vindos da província de Wuhan e a estratégia de quarentena, admitiu Marta Temido. Certo, frisou, é que serão "seguidos os protocolos internacionais".

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Cada um à chegada terá uma consulta na qual responderá a um inquérito epidemiológico e transmitirá a sua historia clínica recente, explicou a ministra, assegurando que "qualquer suspeita será encaminhada de imediato".

O regime de quarentena - se quem chegar irá ficar confinado em isolamento em casa ou num hospital - ainda "está a ser estudado e preparado", sublinhou Marta Temido. Segundo disse um dos portugueses à Lusa, o repatriamento será realizado esta sexta-feira.

17 portugueses informaram Lisboa que queriam ser retirados depois de Wuhan ter sido colocada sob quarentena, na quinta-feira passada. As autoridades chinesas interditaram as saídas e entradas da cidade.

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Os portugueses estão em contacto através de um grupo no Wechat, o Whatsapp chinês, tendo todos sido hoje notificados.

A operação foi coordenada por vários países da União Europeia, ao abrigo do mecanismo de solidariedade europeu.

Em declarações hoje à Lusa, o ministro dos Negócios Estrangeiros português disse hoje que a operação de repatriamento de portugueses e outros europeus residentes na cidade chinesa de Wuhan, onde teve origem um novo coronavírus, é muito complexa e exige discrição absoluta.

"Confirmamos que os portugueses residentes em Wuhan e que pediram repatriamento para Portugal estão inscritos na operação de repatriamento que está a ser organizada a nível europeu, com a participação de Portugal, mas essa operação, para ter sucesso, precisa de ser rodeada da discrição e da prudência necessárias", afirmou à Lusa o ministro Augusto Santos Silva.