Um grupo de 102 portugueses, que estava em Marrocos, chegou, na madrugada de domingo, a Portugal num voo da Força Aérea.
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Em comunicado, citado pela agência Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros adianta que os 102 portugueses (incluindo o pai e a criança que ficaram feridos na sequência do terramoto) chegaram esta madrugada, no avião da Força Aérea Portuguesa que havia seguido na noite de sábado para a cidade de Marraquexe. A operação de retirada, “apesar das vicissitudes no terreno, decorreu de forma ordeira e pacífica”, indica o ministério, realçando que continuará em “contacto com os portugueses que permanecem na região mais afetada” pelo sismo.
A diplomacia acrescenta que Portugal continua a aguardar que as autoridades de Marrocos “se manifestem para que seja operacionalizado o apoio já anunciado pelo Governo”, concretamente “o envio de equipas de busca e salvamento ou de medicina legal”.
"Não nos sentimos nada seguros"
"Estivemos hospedados num hotel em que os edifícios ficaram com fendas. Não nos sentimos nada seguros. Entrámos em contacto com a embaixada portuguesa e foi-nos cedido a passagem", disse um passageiro, em declarações à RTP.
"Quando o avião chegou, disseram que não havia local para todos. Tivemos de vir um bocado apertados para cabermos todos. Mas correu bem. Estamos cá, é o que interessa", contou um outro cidadão português.
Um grupo de passageiros, que estava de férias em Marrocos, concordou que "foi um grande susto" e que contou que, no momento do abalo, só havia "poeira, gritos e destroços".
O secretário de Estados das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, disse aos jornalistas que 125 pessoas manifestaram interesse em voltar para Portugal, mas 20 não compareceram no aeroporto. Os restantes três portugueses decidiram não embarcar para "dar espaço aos outros passageiros".