
Ana Paula Martins, ministra da Saúde, recebe tarefeiros no dia 27 deste mês
Foto: Filipe Amorim / Lusa
Nuno Figueiredo e Sousa, que presta serviços no Hospital de Santo António, no Porto, é o presidente da direção da recém-criada associação dos tarefeiros, que já tem marcadas, para este mês, reuniões com a Ordem dos Médicos (OM) e com a ministra da Saúde.
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Ao contrário do que foi noticiado na semana passada, Pedro Melo Lopes, que foi adjunto de Ana Paula Martins, esclareceu ao JN que não lidera aquela estrutura, nem assumiu qualquer mandato para conduzir negociações em nome daqueles profissionais.
Na Associação dos Médicos Prestadores de Serviços, o médico Nuno Figueiredo e Sousa conta com José António Costa e Andreia Fernandes enquanto vice-presidentes. A reunião com a OM acontece já esta quarta-feira, no Porto, às 17 horas. A ministra da Saúde recebe os tarefeiros no dia 27, às 10.30 horas. Em causa estão novas regras para a contratação de tarefeiros nos hospitais, incluindo limites ao pagamento do valor por hora.
Ao contrário do que o JN noticiou no sábado, o médico Pedro Melo Lopes não lidera os tarefeiros nesta luta. "Não lidero, não represento e nunca assumi qualquer mandato para conduzir negociações em nome dos médicos prestadores de serviço. Qualquer associação do meu nome a estruturas organizadas ou a responsabilidades negociais não tem fundamento e não corresponde aos factos", afirmou.
Chamadas por atender
"Embora não desempenhe qualquer papel no processo em curso, mantenho total disponibilidade para, caso venha a ser necessário, oferecer um contributo estritamente técnico para que o país encontre uma solução equilibrada, que garanta estabilidade ao sistema, proteja os profissionais e salvaguarde os doentes", disse o ex-deputado do PSD.
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A ministra Ana Paula Martins iniciou, entretanto, um périplo pelas unidades locais de saúde de todo o país, no âmbito da preparação do SNS para o inverno. À margem de uma visita ao Hospital de Portimão, reconheceu que meio milhão de chamadas por atender na linha SNS 24 é "obviamente muito elevado". Mas lembrou que houve um aumento de 1,8 para quase quatro milhões de chamadas para esta linha. Apesar do seu reforço, os constrangimentos "não estão todos ultrapassados".

