O presidente da República decidiu evitar comparecer em eventos públicos durante os próximos dias para "dar o exemplo", apurou o JN. No seguimento do intensificar das medidas restritivas decretado pelo Governo, Marcelo Rebelo de Sousa optou por resguardar-se mais e, esta terça-feira, já não compareceu num evento onde a sua presença estava prevista.
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A ida de Marcelo à conferência "Da Pandemia à Inclusão", organizada esta terça-feira pela Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!), em Lisboa, estava confirmada, mas o chefe de Estado preferiu enviar uma mensagem vídeo, com a duração de cerca de 10 minutos.
Ao que o JN apurou junto de Belém, a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa de se resguardar no Palácio - onde, desde o fim de semana, tem estado a receber vários representantes do setor da saúde para avaliar a evolução da pandemia em Portugal - é uma forma de o presidente "dar o exemplo" aos portugueses. O objetivo é reduzir a participação em acontecimentos públicos, à semelhança do que já tinha ocorrido durante a primeira vaga.
O Governo, recorde-se, proibiu a circulação entre concelhos entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro. Não foi possível confirmar, para já, se a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa se irá prolongar para lá dessa data.
Maria do Rosário Gama, presidente da APRe!, disse ao JN que o presidente Marcelo não participou presencialmente na conferência por estar "resguardado". A líder da associação acredita que o chefe de Estado "não sai do Palácio" durante estes dias.
"A partir do momento em que foi declarado o estado de calamidade, o presidente achou que devia ficar resguardado e enviou-nos um vídeo", concluiu Rosário Gama. Na mensagem, o presidente falou da urgência de "despertar a consciência nacional acerca do envelhecimento e dos problemas associados", aludindo à necessidade de criar "uma vacina social contra o egoísmo e a discriminação".